O termo “Orangerie” vem das árvores cítricas, especialmente das laranjeiras que foram cada vez mais introduzidas nas casas dos nobres europeus do século 16 e vindas da Ásia.
A palavra aparece sempre associada a palácios e jardins da nobreza e significa um jardim histórico de plantas cítricas (laranjeiras, Limoeiros, mexeriqueiras…). Nos séculos 17 e 18 manteve-se como sinônimo de “coleção de plantas exóticas, não resistentes ao inverno”, e definia a formação de tais plantas ao ar livre. Desde o século 18 o termo tem sido aplicado ao edifício onde abrigavam tais coleções. As orangeries eram conhecidas, em particular, no contexto dos palácios representativos e jardins do barroco.
As plantas exóticas serviam a propósitos representativos. Árvores de cítricos foram, desde a antiguidade, símbolos de dominação e poder. Além disso a importação destas frutas era complicada e cara e os nobres gostavam de demonstrar a sua riqueza. É claro que a aparência das frutas, com suas cores brilhantes, desempenhou um papel muito importante para todo esse interesse e os cítricos eram comidas deliciosas e muito versáteis. Os frutos eram transformados em alimentos e bebidas como licores, aromas refrescantes e agradáveis e também eram muito usadas para fins medicinais.
No começo o nome designava somente a coleção de plantas, mas gradualmente, no entanto, o termo passa a designar o edifício que abrigava estas plantas e é assim até hoje.
As plantas sensíveis ao frio tinham de ser protegidas em edifícios fechados, especialmente no inverno. A estas características utilitárias procura-se logo adicionar estilos e beleza. Trata-se então de uma estufa de luxo. Foi no tempo do barroco que estas construções atingiram seu auge.
Esta da foto é a Orangerie do palácio de Charlottenburgo, em Berlim, que foi construída entre 1709 e 1712. Durante os meses de verão, quando mais de 500 laranjeiras e limoeiros decoravam o jardim barroco, a Orangerie era regularmente local magnífico das festividades da corte. Abrigava as grandes festas de verão da nobreza.